Ao som de Für Elise – uma das mais conhecidas composições de Beethoven e certamente a preferida dos fabricantes de caixinhas de música -, uma bailarina roda em torno de si mesma. Enquanto gira, ela distorce e engole o mundo ao seu redor.
Ao som de Für Elise – uma das mais conhecidas composições de Beethoven e certamente a preferida dos fabricantes de caixinhas de música -, uma bailarina roda em torno de si mesma. Enquanto gira, ela distorce e engole o mundo ao seu redor.
Um objeto mutante se movimenta em um profundo espaço azul. Sua forma se altera freneticamente, emitindo ondas circulares em torno de si a cada movimento. A tensão cresce à medida em que essa metamorfose se mostra agonizante, como quem luta contra algo que vem de dentro, contra uma força oculta.
O vácuo do espaço sideral não permite que as ondas mecânicas do som viagem através dos astros. Mas as ondas eletromagnéticas podem sim percorrer anos-luz e chegar até os espectógrafos de alguns dos telescópios mais poderosos do mundo. Em uma de suas pesquisas, o cientista astrofísico australiano Paul Francis captou uma série de sequências de ondas eletromagnéticas emitidas por estrelas (nascendo ou explodindo), cometas e buracos negros e as converteu em ondas sonoras, reduzindo suas frequências para uma faixa perceptível ao ouvido humano. Essa sonoroteca espacial disponibilizada pelo cientista serve aqui como trilha para imagens que mostram partículas de poeira que se movem ao sabor do vento. Os sons foram sobrepostos, editados e rearranjados de modo sugerir um passeio pelo cosmos.
setembro 14, 2016