Arredores do Aço/Outskirts of Steel

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À MARGEM DO AÇO

 

Visto de fora, o Vale do Aço, no estado de Minas Gerais, carrega o fardo do seu próprio nome: terra das indústrias, destino do minério, lugar da poluição, do trabalho. Tudo gira em torno da produtividade e a importância do produto figura acima da existência do homem.

 

Obscuras também ficam a paisagem natural, a riqueza histórica e os hábitos originais, valioso patrimônio imaterial que desaparece no ritmo da expansão industrial. Antes do aço, era o vale do índio botocudo, era o vale da mata atlântica, das lagoas, do Rio Doce e do Piracicaba. É também o vale das pessoas que vivem da terra.

 

“Arredores do Aço” documenta pela fotografia o status quo da vida local deslocando a atenção do eixo siderúrgico. Vamos para a zona rural procurar origens, voltar no tempo, olhar o que se faz e como se vive na roça e como a nova onda de expansão urbana e industrial afeta da vida do homem do campo.

Aqui os dípticos apresentam cenas rústicas captadas em comunidades rurais e, ao lado, os sinais de novas empresas que se instalaram recentemente bem próximas ao local onde fica a cena campestre correspondente.

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